JEAN-MICHEL BASQUIAT
Vida e Obra de Basquiat
O artista norte-americano Jean-Michel Basquiat nasceu no dia
22 de dezembro de 1960, no bairro do Brooklin, em Nova Iorque. Precoce, aos
três anos de idade Jean já traçava caricaturas e copiava figuras dos desenhos
que ele gostava de assistir na TV.
Com apenas sete anos de idade foi atropelado por um carro e teve um problema sério no seu braço e ele teve que passar por uma
intervenção cirúrgica. Isso deixaria marcas na sua personalidade.
Na adolescência, foi expulso da escola de jovens
superdotados e passou a se dedicar ao grafite (assinando como SAMO, que
significa "SAMe Velha merda", traduzido para o português algo como "a mesma merda de
sempre"). Ele dormia em prédios ou em bancos de praça, como um verdadeiro
marginal, ganhando a vida vendendo cartões ou camisetas pintadas por ele, ou
vendendo drogas, ou tocando em clubes onde a elite cultural de Nova York ia.
Ele se torna gradualmente conhecido, e integra o elenco do
filme Downtown 81, que narra como um artista jovem mantém seu sustento. Essa
questão é embalada por expressões artísticas da década de 80, tais como hip
hop, new wave e graffiti.
Basquiat se tornou mais célebre em 1980, quando integrou uma mostra coletiva – The Times Square Show.
1982 foi um ano decisivo em sua vida, ele se envolveu afetivamente com a então anônima Madonna e fez contato com o então famoso artista pop Andy Warhol, com o qual estabeleceu fecunda parceria profissional.
No dia 10 de fevereiro de 1985 o artista tornou-se capa do
célebre 'The New York Times', o que lhe rendeu mostras internacionais nas mais
conhecidas capitais da Europa.
Basquiat morreu de overdose em 1988, no próprio estúdio. Sua
vida foi levada às telas postumamente, num filme intitulado em português como “Basquiat - Traços
de uma Vida”, protagonizado por Jeffrey Wright.
A arte de Jean-Michel Basquiat vem do graffiti, pode ser
percebida como vinda das ruas, assim como sua própria vida. E como as obras de
todo verdadeiro artista, incorpora o espírito da época. Expressam furiosamente
a vertigem e o caos de Nova York, com seus estímulos avassaladores e a toda
velocidade. No meio de tudo isso, encontramos Basquiat selvagem e primitivo, expressando-se
em seus mais puros instintos.
Reconhecimento
Ao viver numa Nova York que
exalava questionamentos, Basquiat abraçou os sentimentos de uma minoria a qual
pertencia e partiu para os muros da cidade. Imprimiu estilo próprio em uma
intensa produção e deixou marcas que foram seguidas por quem veio depois dele.
Por ter atuado em curto período,
Basquiat destaca-se pela forma rápida de tornar-se notável. Museus disputam
ainda hoje suas obras, que ganham cada vez mais valor.
Uma de suas pinturas, por exemplo, foi vendida em leilão realizado em 2017, em Nova York, por US$ 110 milhões. Seu recorde havia sido em 2016, quando uma peça foi comprada por US$ 57 milhões.
O lado Politizado
Artista com formação e vivência
diversificada na sociedade, Basquiat dialogou com os debates políticos de sua
época sobre temas que continuam atuais no mundo de hoje como a discriminação
contra minorias, o respeito às diferenças raciais e de gênero.
Influência
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| Fight For Street Art, obra do artista brasileiro Kobra. |
Suas obras ainda causam profunda impressão em artistas contemporâneos e, não raro, são negociadas em leilões de arte por preços muito elevados. Essa influência pode ser percebida no artista brasileiro Kobra no seu mural em Williamsburg, no Brooklyn. O artista utilizou a técnica do graffit.
O mural de Williamsburg é
inspirado no pôster icônico do fotógrafo Michael Halsband, Warhol e Basquiat,
que foi usado para a exposição colaborativa dos artistas em 1985. A escolha de
Kobra de usar Warhol e Basquiat em apoio à sua mensagem é muito apropriada. Com
suas referências à cultura pop e ao consumismo, Warhol estava frequentemente em
disputa com o establishment mundial da arte. Pelo menos no início de sua
carreira. E Basquiat chamou a atenção com seus graffitis, escrevendo aforismos
enigmáticos durante o final dos anos 70 e início dos anos 80 nos bairros da
cidade de Nova York.
Colaborações de Basquiat e Warhol
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| Imagem extraída do filme “Basquiat - Traços de uma Vida” |
São dois referentes da arte na
segunda metade do século 20. Em 1980, eles se conheceram e alguns anos mais
tarde tornaram-se amigos e trabalharam em cerca de 200 obras (que são chamadas
de "colaborações" porque são pintadas por 2 ou mais artistas).
Warhol já está em seu estágio mais maduro e sereno, e Basquiat é um jovem que está fazendo uma carreira meteórica.
A linguagem pop de Warhol
(logotipos de marcas famosas, bens de consumo, preços), com a linguagem do
graffiti, desenho instintivo, palavras e rasuras. Uma linguagem mais prolixa,
mais "limpa" e outra mais caótica, mais primitiva. Duas linguagens
que, juntas, transmitem com uma energia brutal o espírito de sua época: o pop
geralmente refletindo o mundo materialista, consumista, a era do
"massivo", com o expressionismo de quem faz parte da vida frenética
do ruas da cidade grande.
Obras - Pinturas
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| Bird on Money, 1981. |
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Poison Oasis, 1981 |
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Two Heads on Gold |
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| Scull, 1981. |
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Fallen Agel, 1981. |
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Irony of the Negro Policeman,
1981. |
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Rice and Chicken, 1982. |
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Boy and Dog in a Johnnypump, 1982. |
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Baptism, 1982. |
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Mona Lisa |
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Auto Retrato |
Galeria de fotos
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Foto clássica de Warhol and Basquiat, durante a exposição de New York em 1985. |
Alguns nomes foram mantidos em inglês para maior fidelidade do texto.
Obs: Muitas obras de Basquiat não tinham títulos, por sua vez os nomes de suas obras foram criados postumamente.
Diagramação e Edição por Paulo Lino
E-mail: paulolinoarte@gmail.com
Blog: https://paulolinoarte.blogspot.com/
Website: https://bit.ly/Site-PauloLino





























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